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Logística reversa de baterias de chumbo ácido será monitorada

Logística reversa de baterias de chumbo ácido será monitorada (Foto: Semad)
Caberá à Semad fiscalizar a operação e garantir que os resíduos estão chegando ao ponto de reciclagem (Foto: Semad)

Logística reversa de baterias de chumbo ácido será monitorada

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) assumiu o compromisso de monitorar o sistema de logística reversa de baterias de chumbo ácido em Goiás. Participou da assinatura do termo o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), entidade gestora que monitora as fabricantes e gera relatórios sobre recolhimento e reaproveitamento de baterias usadas.

A maioria das baterias de chumbo ácido são utilizadas em carros e motocicletas, mas também têm serventia em processos industriais. Dos resíduos que elas geram, 8% são compostos de plásticos, 10% por sulfato e óxido, 30% por uma solução eletrolítica e 52% é recuperado na forma de chumbo metálico pronto para reúso na fabricação de novas baterias. Até 99% de uma bateria é reciclável.

BATERIAS DE CHUMBO

Caberá à Semad fiscalizar a operação e garantir que os resíduos estão chegando ao ponto de reciclagem de forma ambientalmente adequada, além de exigir dos estabelecimentos licenciados a comprovação de que estão participando do sistema.

"O termo de compromisso estabelece metas anuais de recolhimento das baterias usadas e de expansão do sistema. O objetivo final é garantir que as baterias de chumbo ácido sejam recolhidas por empresas ambientalmente responsáveis", explica a diretora-executiva do Iber, Amanda Schneider.

O ciclo da logística reversa começa com o consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica, a quem cabe levar a bateria inservível ao varejista ou distribuidor. Esses varejistas devem receber, acondicionar e armazenar o resíduo temporariamente. Os pontos de coleta são estabelecidos pelo Iber nos municípios.

A etapa seguinte é a de levar essas baterias às fábricas que fazem reciclagem. Cerca de 99% da bateria descartada pode ser reaproveitada de alguma forma. Depois de reciclada, a bateria volta ao distribuidor e chega novamente ao consumidor. "É assim que a gente vai caminhando, de cadeia em cadeia produtiva, cuidando do meio ambiente com o apoio da iniciativa privada, para que tenhamos um estado mais sustentável", disse a secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis.

DADOS DE GOIÁS

Segundo dados do Iber, os estabelecimentos que funcionam em Goiás colocam hoje no mercado 13.797 mil toneladas de baterias de chumbo ácido novas e o recolhimento é de 12.122 toneladas. Ou seja: o reaproveitamento é de 88%.

Goiás é o oitavo estado que mais coloca baterias novas em circulação no Brasil, atrás de São Paulo (57,2 mil toneladas), Minas Gerais (25,9 toneladas), Paraná (21,6 mil toneladas), Rio Grande do Sul (21,4 mil toneladas), Santa Catarina (18,7 mil toneladas), Rio de Janeiro (16,1 mil toneladas) e Bahia (14,1 mil toneladas).

A logística reversa está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), e visa a economia circular a fim de garantir o máximo aproveitamento de materiais e produtos pós-consumo, o que reduz a necessidade de se extrair novas matérias-primas e de se destinar resíduos para aterros sanitários. A logística reversa oportuniza novos negócios para toda cadeia produtiva.

Para descartar corretamente as baterias de chumbo ácido, basta acessar o site do Iber. No portal é possível descobrir o ponto de coleta mais próximo. Também é possível fazer essa consulta por meio do aplicativo do Iber, disponível para Android e iOS.

Editado por Juliana Carnevalli via Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Governo de Goiás

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