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| Mercado&Opinião o mais exclusivo think tank empresarial reúne empresárias e executivas de destaque para debater sucessão, propósito e impacto social nos negócios - Foto: Divulgação |
Empresas que equilibram propósito e crescimento
Sucessão empresarial e transformação social foram os temas centrais do evento promovido pelo Mercado&Opinião, um think tank focado em empreendedorismo e o maior grupo de networking do Brasil.
Reunindo líderes e empresários de destaque, o encontro enfatizou a importância de construir legados que transcendem o sucesso corporativo, promovendo impactos positivos na sociedade.
Entre os palestrantes, três mulheres de destaque compartilharam suas histórias de superação e compromisso: Alcione Albanesi, fundadora da FLC Lâmpadas e da ONG Amigos do Bem; Janete Vaz, do Grupo Sabin; e Liliana Aufiero, presidente da Lupo.
Marcos Koenigkan, presidente e fundador do Mercado&Opinião, ressaltou a importância de trazer mulheres para o debate, defendendo o papel e a relevância das empreendedoras no cenário corporativo e à frente de grandes instituições.
O impacto social além do sucesso empresarial
Alcione Albanesi presidente e fundadora da ONG Amigos do Bem, destacou sua trajetória como empresária e empreendedora social.
Após transformar a FLC Lâmpadas na maior empresa do setor no Brasil, ela redirecionou sua energia para combater a extrema pobreza no sertão nordestino.
A Amigos do Bem beneficia hoje mais de 150 mil pessoas em 300 povoados do sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará, integrando educação, saúde e geração de renda.
Segundo o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), o Retorno Social sobre Investimento (SROI) da organização é de 6,45, ou seja, cada R$ 1 doado gera R$ 6,45 de impacto direto à comunidade atendida.
Entre 2012 e 2021, os investimentos direcionados ao projeto geraram mais de R$ 2 bilhões em impacto social. Além disso, a ONG contribui diretamente para 12 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que convidou Albanesi para ser a representante do ODS 1, a Erradicação da Pobreza, no Brasil.
“Eu não me preparei para a sucessão empresarial, mas preparei meu coração para a missão de fazer o bem. Hoje, o projeto conta com 15 unidades produtivas, emprega 1.500 pessoas e transforma a vida de 10 mil crianças no sertão”, destacou.
Ela também explicou como a próxima geração já está integrada ao movimento, com seus filhos assumindo papéis específicos na continuidade do projeto.
“Sucessão, no caso de um projeto social, não se contrata; é algo que vem de dentro para fora.”
Paulo Motta, vice-presidente do grupo Mercado&Opinião, destacou que iniciativas como o Amigos do Bem devem estar no centro do planejamento estratégico e sucessório das empresas, conectando propósito e sustentabilidade.
Governança e valores no Grupo Sabin
Janete Vaz, fundadora do Grupo Sabin, compartilhou a evolução de um pequeno laboratório em Brasília para uma rede com mais de 350 unidades em 78 cidades.
Com compromisso com a governança e a humanização, ela foi pioneira ao implementar um Conselho de Administração e uma CEO profissional para garantir a continuidade do legado.
“A sucessão empresarial foi um dos momentos mais desafiadores da minha carreira”, explicou Janete.
Apesar do medo inicial de não estar à frente das operações, Janete acredita que o planejamento foi essencial: “Preparamos nossos filhos para a vida, não apenas para assumir a empresa. Hoje, o Sabin é reconhecido por sua governança, sendo modelo em gestão e inovação.”
Superação e inovação na Lupo
Liliana Aufieiro, presidente da Lupo, relatou os desafios enfrentados ao longo de décadas em uma das mais tradicionais indústrias brasileiras.
De crises econômicas a mudanças de mercado, a resiliência foi fundamental para manter a empresa competitiva.
“Fui demitida duas vezes antes de assumir definitivamente a gestão da Lupo. Cada retorno foi uma chance de reconstruir a empresa com foco em ética, seriedade e respeito”, afirmou.
Durante a pandemia, a empresa se reinventou ao produzir máscaras, reforçando sua relevância no mercado e o compromisso com a sociedade. “Transformamos dificuldades em oportunidades, mantendo nossa marca viva e conectada às necessidades do momento.”
Lições de sucessão e liderança
Um ponto comum nas histórias das palestrantes foi a importância de preparar sucessores com valores sólidos e alinhados à cultura organizacional.
“A próxima geração deve estar alinhada com os princípios que construíram a empresa. Sucessão não é apenas herança, é perpetuação de uma cultura que transforma vidas, seja dentro da organização ou na sociedade”, afirmou Janete Vaz.
As líderes reforçaram que o equilíbrio entre inovação e preservação de valores é um dos maiores desafios para a continuidade dos negócios.
Empresas como agentes de transformação
O evento concluiu destacando como negócios podem ir além do lucro, atuando como plataformas de impacto social.
“Coragem, ética e amor são os pilares para qualquer liderança bem-sucedida. Que esses valores inspirem todos a construir legados que ultrapassem gerações”, concluiu Alcione.
Nota
Além das Palestrantes, todas empresárias de sucesso , Estiverem presentes ao evento as empresárias Claudia Muchaluat , Presidente da Intel , Flávia Bittencourt , Presidente da Adidas, Alfredo Soares do G4, Lizete Ribeiro, Presidente da Rede Taua de Hotéis, Junia Hermont , Presidente da Líder Táxi Aéreo, Laura Oliveira , Grupo Levvo, Giovanni Marins , Presidente da MONDIAL/AIWA, Esther Schattan, Ornari, além de muitos empresários menos conhecidos, mas não menos importante como Hugo Salomone, do Grupo Savoy, maior contribuinte de IPTU do estado de São Paulo. No total foram 75 grandes empresários nacionais que se fizeram presentes, interessados neste tema tão importante de sucessão empresarial.
